segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Histórias da meia noite

Coletânea de contos publicada em 1873. O próprio autor advertia no momento da publicação que aquelas páginas “são as mais desambiciosas do mundo.”
Dentre os seis contos eu destacaria uma passagem no irônico “Aurora sem dia” no qual o personagem Luís Tinoco acredita ser poeta (e, posteriormente, político) apesar de sua incapacidade para tanto. A passagem não só apresenta uma condição para ser um bom autor como também, acredito eu, ser um bom leitor:
“Os leitores compreendem facilmente que o autor dos Goivos e Camélias não era homem que meditasse uma página de leitura; ele ia atrás das grandes frases, - sobretudo das frases sonoras – demorava-se nelas, repetia-as, ruminava-as com verdadeira delícia. O que era reflexão, observação, análise parecia-lhe árido, e ele corria depressa por elas.”

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