terça-feira, 19 de julho de 2016

Gênios da Pintura - Renascentistas

Em contraposição ao universalismo e transcendentalismo medieval, o renascimento resgatará os ideais clássicos, herdados da Grécia e Roma, tendo como ênfase o indivíduo, o homem pensante e atuante.

Pintores renascentistas estudados:
MICHELANGELO di Lodovico Buonarroti Simoni (1475 - 1564)
LEONARDO di Ser Piero DA VINCI (1452 - 1519)
RAFAEL Sanzio (1483 - 1520)

Albrecht DüRER (1471 - 1528)

A obra de Michelangelo é apresentada por Pietro Maria Bardi com ênfase especial em detalhes da Capela Sistina. Assim, A Sibila Pérsica é mostrada com um corpo atlético em referência ao ideal de beleza da antiguidade. Este detalhe “ressalta no conjunto graças aos efeitos de luz e sombra empregados pelo artista, fazendo contrastar o rosto e as roupas.
A Sibila Pérsica

Bardi narra um fato relacionado à consciência de genialidade que tinha Michelangelo de sua obra. Ao ser questionado sobre a escassa semelhança entre as estátuas que fazia para a Capela dos Medici e os membros dessa poderosa família ele dá de ombros e diz: “ Quem perceberá este detalhe daqui a dez séculos? ”

Eu destaco para Leonardo da Vinci a pintura Santana, a Virgem e o Menino. Segundo Bardi, Pietro de Nuvolaria deu a interpretação chave para apreciarmos a obra: “ a Virgem tenta separar seu filho do cordeiro, que simboliza a paixão de Cristo. Santana, representando a Igreja, retém sua filha. ” Este foi o quadro predileto de Leonardo da Vinci.
Santana, a Virgem e o Menino

 Rafael seria o responsável pela introdução “de uma tendência para a beleza ideal, inspirada nos conceitos artísticos da Antiguidade.” Para Bardi, porém, Rafael não se limitou a dá um “testemunho” da cultura antiga, mas de produzir uma “beleza idealizada” em suas obras.  Exemplo dessa idealização é Retrato de Cardeal: “Nesse retrato, reedita-se a fusão de expressão caracterológica com a idealização típica: é a qualidade aristocrática da pintura que lhe confere dignidade.
Retrato de Cardeal
O soberbo padrão técnico pode ser apreciado com o exame de um único aspecto: sem nenhuma fratura de ritmo, o escarlate intenso e rico parece ter vida em cada um dos planos que, embora distintos, não chegam a afetar a continuidade.”

Dürer circula entre dois mundos, o religioso e o humanista. Insere-se na tendência de seu tempo de pintar retratos e quadros históricos e mesmo nos temas religiosos introduz aspectos da vida cotidiana. Um dos melhores quadros de Dürer é o Retrato de Oswolt Krel. A expressividade e alcance psicológico da obra são assim destacados por Bardi: a obra “deixa patentes o caráter e a posição social do personagem, rico e enérgico negociante que, por outro lado, deseja participar da vida cultural de seu meio. O arranjo é simples: a figura do homem em meio-corpo, um trecho de paisagem. Desse despojamento – que reforça a qualidade psicológica da descrição – resulta uma obra que pode ser situada entre as mais expressivas de Dürer.”
Retrato de Oswolt Krel

0 comentários:

Postar um comentário