Se for para escolher o melhor entre os melhores, eu
prefiro a melhor desta coleção: Rachel de Queiroz. O lirismo de "Tangerine
girl" é algo comovente e delicioso de ler. A garota que acenava para o
soldado no dirigível e nutria mil sonhos românticos vê seu mundo desabar no contato
com a realidade, "...só viu escárnio, familiaridade insolente...".
Já
"Pici", a descrição do sítio de veraneio comprado pela família da
escritora quando era menina, é nostalgia embalada em bela narrativa de
sentimentos e emoções. Me fez lembrar os tempos de menino em Carpina.
"Nunca mais fui lá. Dói demais, vai doer demais,
imagino. Eu ainda escuto no coração as passadas de meu pai no ladrilho do
alpendre, o sorriso de minha mãe abrindo a janela do meu quarto, manhã cedo:
"Acorda, literata! Olha que sol lido!" (...)
Não, nunca mais quero ir lá. Ninguém desenterra um
defunto amado para ver como é que estão os ossos." p. 62
De Armando Nogueira gostei muito de "Menino que
chega", crônica discutida na "Ficha do aluno" da coleção.
"Onde estão as borboletas azuis?" de José
Lins do Rego para além do aspecto literário o que chama a atenção é ele se
revoltar, já na década de 50, contra a imundície da Lagoa Rodrigo de Freitas no
RJ.
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